domingo, 18 de abril de 2010

Aqui e Agora!

A Felicidade mora no PRESENTE, no mergulho interior, no encontro com seu verdadeiro eu, que não pode ser confundido com os sentidos, as ideias e as emoções. Não podemos explicá-la por palavras, mas contemplá-lo no silêncio da meditação.
As pequenas alegrias não nos levam até lá, , pois as emoções são passageiras. Elas estão presas à experiência sensorial, que pode ser muito positiva, mas sempre acaba. E, quando isso acontece, pulamos para o ponto oposto da balança: sentimos falta, carência, solidão, sofrimento. Mas, se você entra no campo de observação, se aprende a manter a mente no presente, sem se apegar demais às experiências positivas e negativas , deixa de querer controlar tudo. Vive simplesmente, sem julgar tanto o que sente. Isso evita oscilações.
Ao usarmos sentidos para decifrá-la, cada um poderá interpretar à sua maneira, achar que ela é de veludo azul, por exemplo.
Para mim, a Felicidade é perceber que existe um milagre inerente à vida. É só prestar atenção.




.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Esperança...

VIVER

Mais era apenas isso,
era isso, mais nada?
Era só a batida
numa porta fechada?
E ninguém respondendo,
nenhum gesto de abrir:
Era, sem fechadura,
uma chave perdida?
Isso, ou menos que isso,
uma noção de porta,
o projeto de abri-la
sem haver outro lado?
O projeto de escuta
à procura de som?
O responder que oferta
o dom de uma recusa?
Como viver o mundo
em termos de esperança?
E que palavra é essa
que a vida não alcança?


(Carlos Drummond De Andrade)

.

Vivendo...

Que o Coração tem razões que a própria Razão desconhece, eu já sabia, porém hoje, eu soube que a Razão morre de inveja da emoção...E assim acontece em minha vida, eu tenho inveja de mim mesma. Estranho não? Você pode até estar pensando que isso não é possível, sinto te decepcionar, mas dessa vez você errou.Tenho inveja de ter sido guiada pela emoção, de ter me apaixonado loucamente, ter sorrido horas, beijado com prazer, abraçado forte, aproveitado dias e noites – sem culpa.

A mulher que me tornei, sente inveja da menina fui.


Não estou reclamando da minha vida, sei o quão boa ela pode ser – ou é.A questão é: Não busco mais aquela felicidade que antes procurava, prefiro me contentar com o sólido, o estável.Tenho tentado viver seguindo a razão sempre, e é claro que isso traz conseqüências.Mais Razão, menos sofrimento certo?Não sei.Nunca vou descobrir, ninguém vai.Caso alguém queira, pode terminar isso, pra mim não da mais, não hoje.

Carol Nader